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do pipo ó copo

Ponte de Prado

do pipo ó copo

Ponte de Prado

UM A UM...

 

Estávamos parados na bomba de gasolina, e o Manuel Baixo, ao ver o carro cheio pergunta se íamos ver o rally. Deixai-me ir, que eu também quero ir ver. Eu gramo o rally pra carago…
E o trabalho, perguntei… Que se lixe o trabalho. Amanhã ainda lá está à minha espera.
Era o tempo, em que o rally de Portugal, passava por Ponte de Lima, pelos caminhos de terra no meio dos montes, e as empresas fechavam, davam folga ou faltava-se. As pessoas iam para a estrada ver os carros passar, e por vezes o espectáculo era interessante, como quando o Miki Biasion passou a rotunda pelo sentido contrário, a derrapar…
Lá se encolheram os três de trás, para o “Manel” caber, e fomos para a estrada, subindo os montes até onde a GNR deixava. Depois seguir a pé, pelo meio das silvas e do tojo, tentando chegar cedo para arranjar um bom sitio.
Ouve-se ao longe um motor a roncar… era o Carlos Sainz.
“Espectáculo”,”Este gajo é que anda”… Um minuto, mais ou menos, outro carro… Juha Kankunen…
O Manuel é que não gostou da brincadeira: Isto é assim?... Um de cada vez?...
 

CANSAÇO

Duas noites sem dormir direito, devido ao puto, que anda irritadiço com cólicas, sinto-me cansado.

O cansaço é tanto que, hoje se tivesse de jogar futebol contra o Sporting, o mais certo era empatar O-O...

 

NO PORTO...

 

- Boa tarde, D. Ermelinda.
- Olá Maria. É a tua filha?
- É sim. Está crescida…
- Está grande, está. Já tem “mod’vida”?
- Ainda anda a estudar. Vai-se inscrever agora para medicina, ou em Braga ou no Porto – disse a Maria com indisfarçável orgulho…
- Ai no Porto. No Porto é muito difícil entrar. Eles lá só aceitam pessoas de certas famílias. Os filhos do meu irmão na altura andaram lá, e foi difícil. Entraram por serem de quem são…
No Porto, olhem-me essa…” afastou-se resmungando baixinho, subindo, no vagar dos anos, as escadas da capela, para a missa das seis…