BEIJA-FLOR
- Pai, como se manda um beijo pelo telemóvel?
- Diz-se beijinho ou faz-se o barulho de um…
- E depois vai pro cartão de memória e passa pela bateria e lá vai?...
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- Pai, como se manda um beijo pelo telemóvel?
- Diz-se beijinho ou faz-se o barulho de um…
- E depois vai pro cartão de memória e passa pela bateria e lá vai?...
- A geração da paz, do amor livre, do idealismo e da liberdade, não deveria ter governado o mundo nestes últimos trinta anos, tendo-o transformado num lugar melhor para viver?
- Nunca chegou ao governo, porque nunca foi, o poder, uma aspiração dessa geração. Os verdadeiros idealistas, morreram com o cérebro frito em cocaína, ou de hepatite, ou overdose; outros estão internados em manicómios, presos em camisas-de-forças, aterrorizados por aranhas negras que sobem pelas paredes, até ao fim dos seus dias.
Os que sobreviveram, o sistema empurrou-os para vendedores de rua ou saltimbancos, afastando-os dos corredores de decisão, tornando as suas acções frequentemente alvo de pena, troça, chacota ou riso…
- Mas, muitos CEOs "sem alma" que hoje movem o mundo, com uma visão pragmática do lucro e do sucesso, unindo-os, pertenceram a essa geração...
- A imprensa fez essa geração, porque tendencionalmente era esquerdista e transgressora; ao exaltar os milhares que estiveram em Woodstock, ou divinizando o Maio de 68, transformou-os em ícones, temas para t-shirts, esquecendo frequentemente os milhares que apoiavam a guerra, o racismo e o colonialismo. Passou assim a imagem de um lado que representava um todo. Mas a realidade quase nunca pode ser confinada; é sempre mais do que parece…
O lado "esquecido" revelou-se mais forte, e empenhado; tomou as rédeas do mundo replicando a sua visão das coisas, excluindo todos os que não se encaixam no sistema, ou controlando os potenciais focos de discordância despejando dinheiro na engrenagem, controlando a imprensa com a factura da publicidade, a cultura com os subsídios e os governos com ppp’s e swaps…
P: Se no actual mercado condicionado de energia, a EDP alega que vende o seu produto abaixo do preço de custo, e o estado cobre a diferença, como consegue então vender mais barato a quem adere ao mercado livre?
E como conseguirá, no futuro, num mercado “concorrencial”, vender o seu produto, a preços mais baixos, do que os que pratica com “prejuízo”, em sistema de monopólio?
R: Está a ser preparado um “roubo”, mascarado com publicidade enganosa, embrulhado em música grandiloquente, com vozes profundas e sorrisos amigos, em que o interesse de alguns se irá sobrepor ao desinteresse de muitos, tal e qual o exemplo acabado dos combustíveis!
- Você esteve aqui ontem…
- Pois foi, mas as bolas deviam ter defeito… esvaziaram.
- É o primeiro que se queixa disso…
- Não sei, mas durante a noite ficaram do tamanho de laranjas… O rapaz até disse que aqui o candidato tinha as bolas murchas.
Olhos nos olhos…
- Tá bem, leve mais duas.
Deveria haver campanha todos os meses. A rua que fica a seguir à escola do rapaz, estava em terra e pedra, há quatro anos, e ontem de manhã, por milagre, apareceu asfaltada.
Mas isso são bagatelas. Bom, bom são as bolas. Deveria ser obrigatório a todo o candidato ter bolas…
- Será que me podia dar duas bolas?
- Não posso. Só dá-mos uma por pessoa…
- Mas eu tenho gémeos, e se levo só uma vai ser uma guerra.
- Muitos gémeos há em Braga…
Olhei diretamente para a menina...
- Bem se só me dá uma, então não quero nenhuma – disse, devolvendo a bola.
Foi a vez dela olhar diretamente para mim, fazer contas de cabeça, pensar nos votos, na derrota eleitoral, nos sonhos desfeitos, e se uma bola valeria tudo isso…
- Pronto, leve lá as duas...
Um trolha olha para baixo e vê uma mulher toda jeitosa a passar na rua. Vira-se para o colega e diz-lhe "Vou lixar aquela"...
- Ai boazona, lambia-te aquilo que tu mais gostas!
A mulher pára, põem as mãos nas ancas e vira-se para os homens que estavam na prancha a rir-se...
- Então has-de ir lá a casa lamber a coisa ao meu marido!
- Chefe, está ali o professor Martins que lhe quer dar uma palavrinha.
- Diz-lhe que já vou…
… …
- Então Martins? Novidades?...
- Lembras-te de te ter pedido um lugarzinho na lista prá junta? Pois já não é preciso. Arranjei na lista do Zé Gordo.
- Zé Gordo?...
- Os comunistas…
- Há… pois tá bem… Ele é filho do Nel Gordo.
- Pois é. E lá ainda é melhor que não corro o risco de ser eleito (sorriso)… Já tenho aqui os impressos para pedir os dias… Obrigadinho na mesma…
- Pai, olha o Fernando Mendes...