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do pipo ó copo

Ponte de Prado

do pipo ó copo

Ponte de Prado

IDE VER O PAPÁ.

Um pai tinha 5 filhos; 4 do seu anterior casamento e o mais novo fruto de novo enlace matrimonial.

Certo dia mandou a sua secretária chamar todos, para uma reunião urgente…

- Filhos, a empresa está em dificuldades e por conseguinte vou ter, contrariado, de vos aplicar um imposto de 1% sobre o salário, a ver se conseguimos sair da crise.

- Mas pai – disse o mais velho – nós já ganhamos tão pouco, em relação ao nosso irmão mais novo, que não acho justo, pelo menos de momento, sermos todos taxados por igual…

- Filho, a justiça social é isto. Somos todos iguais, perante as dificuldades.

- Tudo bem – disse um dos gémeos - mas o nosso irmãozinho, ganha muito mais que nós, e tem regalias que nós nem sonhámos…

- Se ele estivesse aqui poderia defender-se destes ataques de inveja. Que tristeza tenho eu de os meus filhos serem uns invejosos… mas eu depois transmito-lhe a vossa posição, que eu hoje dispensei-o para poder visitar a avó…

- Eu liguei-lhe há pouco – falou o mais novo - para saber um assunto da empresa e ele estava a dormir…

- Voltámos ao mesmo. Dei-lhe o dia para ver a avó; ele vai se quiser… Ele tem regalias, porque tem aquele amigo advogado que me anda sempre a chatear.

- Parecem uns paneleiros – comentou o outro gémeo.

- Pai, eu como mais velho, e em nome deles, peço-te então para reduzires o teu salário em um terço, e assim dispensava-nos dessa obrigação. Tu tens mais rendimentos…

- Mas tu estás tolinho, ou quê?... Tu pensas que a tua madrasta aceitava isso? Se não lhe levar as notinhas não posso “xiscar”. Tirem-me tudo mas ficar a seco nunca… e depois vocês também têm regalias que nunca aproveitam… podem dormir e comer na minha casa de graça, seus ingratos…

- Até parece… com os olhos de veneno que ela nos deita….

A RAMPA

Sentados no monte, eu e o meu filho, com um pão numa mão e um sumo na outra, enquanto os carros passavam em alta velocidade, barulho furioso, rumo à meta no encontro com o relógio, passou-me pela cabeça, uns bons anos antes, em que peguei no meu sobrinho, filho da minha irmã mais velha, que teria mais ou menos a mesma idade de hoje do meu rapaz, e aproveitando o facto do passe de estudante dos autocarros dar ao sábado, termos vindo ver a rampa.

“Tem cuidado com o menino. Vai para os sítios altos. Anda cedo…” recomendou a minha mãe, e corremos a apanhar o do Bom Jesus, e depois subimos a pé até à meta, e depois pelo meio do monte até a um sítio alto e longe do perigo.

Vibramos e aplaudimos a passagem dos carros, um pouco como hoje, e á tardinha voltámos, refazendo o caminho de volta…

- Então Hugo, gostaste das corridas?

- Gostei “Vó”, mas fiquei com tanta fome que os carros até pareciam trigos…