Um jornalista do jornal Destak, descobriu um furo jornalistico: A maneira como os membros das claques escondem os "very-lights" à entrada dos estádios.
Hoje nos C.T.T. de Maximinos, estava Sua Excelência, o Bispo de Braga, acompanhado das forças vivas da cidade, a inaugurar as novas instalações, e no seu discurso a certa altura disse: "No nosso dia-a-dia, temos que pôr o nosso amor, nas coisas mais pequeninas(...)". Estas palavras formaram uma imagem mental na minha cabeça, que desde então tenho tentado afastar...
Em vida tinha sido influente na sua comunidade, agora depois de ter gozado, durante três anos, o descanso da morte, sofria, sentindo dores fantasmas no corpo que já não possuía. O que mais lhe custava eram as ardências nos seus olhos de pedra, por não conseguir mexer as pálpebras de granito.
Pediu, rogou, chorou, prostrou-se diante Dele, enquanto era arrastado para a sua mortalha, pelas cinzeladas do escultor que esculpia o busto… mas nada havia a fazer. Nem Ele conseguiu impedir o retorno da alma, que ficou emparedada no mundo dos vivos.
Mesmo assim ainda conseguia ver coisas boas na sua penitência. As dores articulares deveriam ser piores se, porventura, tivessem feito uma estátua completa, obrigando-o a manter, imóvel, alguma posição altiva, talvez, como é usual, com uma mão a apontar para um qualquer ponto no infinito.
Fico com a impressão que a caixa de previdência está a fazer o primeiro pagamento das prestações da reforma em cachorros, daqueles de palmo e meio, e fico um pouco constrangido ao ver pessoas, que ainda não há muito tempo andavam ocupadas e activas, passarem o tempo agora, a passear, os “lambe-cricas”, agarrados à ponta daquelas trelinhas que esticam. O mais irritante é o ar altivo desses cachorros pequenos, cuja pose não tem correspondência no tamanho, mas que aparentemente se julgam uns grandes cães, e parecem dizer uns para os outros, enquanto mutuamente cheiram as partes: “ andas a passear o teu dono?”
Um dia, se me aposentar, vou à Segurança Social e peço um gato.
(Estes cachorrinhos melados, devem passar o tempo a lamber as mãos dos donos, enquanto estes dormem a sesta sentados no sofá da sala… blhec… )
Quando ouvimos uma história com traços improváveis, contada por alguém que nos é desconhecido a primeira ideia é a de rejeitar o que nos é contado, interiorizando logo uma mentira, um lapso ou má fé.
Quando ouvimos uma história com os mesmos traços de improbabilidade, contado por alguém que nos é chegado, embora o nosso espírito tenda a rejeitar os conteúdos, a confiança que temos nas pessoas leva-nos a crer…
Estávamos sentados à mesa, festejando os anos do tio Álvaro, quando o Alberto se lembrou de uma ida a Lisboa para ver um Jogo do Benfica e no regresso…
- Lembro-me perfeitamente, eu até parei o carro e virei-me aqui pró tio, “aquilo ali o que é? Um avião a arder? E o tio disse: parece um meteorito. E eu disse assim: é um cometa. Era mesmo um cometa. Não foi tio?...”
- Foi… um grande risco no céu. Era uma estrela cadente das grandes…
- Um cometa, reforçou o Alberto.
- Isto leva-nos a pensar, quando olhamos para o céu, não é? Embora aquilo não seja nada. Há uma história que eu nunca contei a ninguém. Estava eu e a vossa tia na Póvoa, isto vai para aí uns 50 anos. A Amélia era pequena, e ela agora já tem 50 anos. Portanto já estais a ver. Era um domingo de manhã e estávamos na praia, quando de repente vem assim um disco sobre a água e aterra na areia. Todo prateado, a brilhar…
- Ele não aterrou, ficou foi "a boiar" acima da areia, ali entre a terra e as ondas do mar, corrigiu a tia.
- É, foi isso, estava suspenso, e depois o pessoal ao princípio começou a fugir, mas depois começamos a aproximar-nos. De repente abriu-se uma porta e saiu um anão todo vestido de verde com uns olhos grandes em preto…
- Pareciam uns óculos de sol. O homem era pequenino e magrinho, parecia uma criança, voltou a corrigir a tia.
- Sim era isso. Mas quando deu com os olhos no pessoal que cada vez se aproximava mais, voltou para trás e fechou a porta. O disco saiu a voar pela água, “rentinho”. A água saltava para os lados…
- Foi, mas com uma velocidade que desapareceu logo a seguir. O pessoal todo a gritar que era um disco voador. A mim parecia-me mais assim um testo de uma panela, disse a tia…